O Fedora 36 era esperado para abril. A distribuição Linux acabou sendo lançada só agora, no mês de maio, mas isso não torna a novidade menos interessante. Até porque encontramos vários atributos por aqui. O Gnome 42, os novos recursos de personalização e o Wayland como servidor gráfico padrão estão entre eles.
Pelo menos entre usuários domésticos, é provável que o Ubuntu seja a distribuição Linux mais popular. Mas, apoiado pela Red Hat (hoje, uma companhia controlada pela IBM), o Fedora não fica muito atrás. O projeto aparece como uma opção para quem busca uma distribuição repleta de recursos, mas estável e robusta.
Gnome 42 é destaque
A característica mais notável do Fedora 36 é o Gnome 42. Não chega a surpreender. A relação entre a distribuição Linux e o ambiente de desktop existe há anos (mas outros ambientes também estão disponíveis).
Uma das funcionalidades trazidas pelo Gnome 42 é um modo escuro mais amplo. Como tal, o recurso é capaz de acionar o temo escuro não só nas interfaces do sistema, mas também nos aplicativos suportados. Com relação a esse aspecto, os desenvolvedores destacam que os papéis de parede não foram esquecidos. Há várias opções próprias para o modo escuro.
Fazer capturas de tela também ficou mais fácil. Quando o botão Print Screen é pressionado, agora, o usuário se depara com uma ferramenta que permite personalizar a captura. É possível selecionar só parte da tela ou fazer o cursor do mouse aparecer, por exemplo.
Já o gerenciador de arquivos Gnome Files recebeu um pequeno ajuste visual e incorporou uma função que classifica arquivos por data de criação. Enquanto isso, o Text Editor vem para substituir o Gedit (mas este ainda pode ser instalado pelo usuário).
Wayland e mais
A versão 36 também traz o Wayland como servidor gráfico padrão. Talvez alguns usuários estranhem esse anúncio, pois o recurso existe há algum tempo para máquinas com GPUs Intel e AMD. O que acontece é que, agora, o Wayland também passa a ser padrão para GPUs Nvidia. Isso pode incomodar alguns usuários, pois os drivers usados para isso são proprietários.
Talvez alguma coisa muda depois da recente decisão da Nvidia de abrir o código-fonte de parte de seus drivers no Linux. Se bem que existe uma discussão sobre o seu uso não ser possível no Fedora. A distribuição tem uma regra que proíbe módulos externos.
De todo modo, para quem não curte a ideia de usar o Wayland, o Xorg segue disponível.
Um detalhe curioso é que, até este ponto, as novidades da nova versão são parecidas com as do Ubuntu 22.04.
Outras novidades do Fedora 36 incluem o kernel Linux 5.17, o uso das fontes Noto (desenvolvidas pelo Google) como padrão para vários idiomas no sistema e um conjunto atualizado de softwares para desenvolvimento. Entre eles estão: OpenJDK 17, Golang 1.18, PHP 8.1 e Ruby 3.1.
Fedora 36: baixe agora
Se a distribuição te interessou, saiba que o Fedora 36 já pode ser baixado. Note que há três versões: Workstation, Server e IoT. A primeira é a que você deve baixar se quiser instalar o sistema operacional em um notebook ou desktop. É possível obter as imagens ISO ou usar o Fedora Media Writer, ferramenta que roda a distribuição a partir de um pendrive.
As versões Server e IoT são indicadas para servidores e plataformas de internet das coisas, respectivamente, como os nomes indicam.
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