Álbum “BAILE” terá uma continuação após grande sucesso nacional
FBC e VHOOR lançaram no ano passado um trabalho que conquistou todo o Brasil. Eles disponibilizaram o álbum “BAILE”. O projeto retrata a década de 90, quando os raps e melôs evidenciavam o cotidiano dos moradores dos subúrbios, abordando temas como a violência e a criminalização de seus jovens. Nesse momento, o hip hop produzido inicialmente nos Estados Unidos é nacionalizado, ressignificado e disseminado como o funk carioca.
O projeto fez tanto sucesso que o jornalista Pedro Bial, um dos mais consagrados da história do país, chamou os dois para o seu programa “Conversa com Bial”. Lá os artistas conversaram bastante sobre diversos temas, mas claro que o principal foi a música. Tanto FBC quanto VHOOR deram detalhes de como surgiu o álbum e num dado momento falaram sobre a possibilidade de ter um “BAILE 2”.
“A gente tá estudando! Porque o BAILE, pra gente, é um processo de estudo. A gente não vai naquela de ‘Ah, o BAILE deu certo, conseguimos alguns acessos e vamos repetir a mesma fórmula. O FBC está trabalhando numa produção de estúdio, cada um tá investindo, eu por exemplo comprei meu primeiro computador agora. Então a gente tá evoluindo para também chegar na excelência do nosso trabalho”, começou a explicar VHOOR, que continuou.
“A responsabilidade que temos para fazer um próximo baile é a responsabilidade do estudo. Já adianto que vai ter sim, mas como falei: Estamos estudando para entregar algo a altura que a pessoa que escutar vai ter uma experiência que a gente prosseguiu com uma proposta já apresentada”, afirma VHOOR.
O ritmo do projeto se inspira no Miami bass, que não é focado em problemas sociais. O primeiro contato entre esses estilos musicais se deu através dos bailes de música black, soul e funk. Com a multiplicação desses bailes, o Miami bass foi adotado pelos frequentadores como o estilo musical local.
“É um álbum que eu fiz da forma mais divertida e despretensiosa possível. Eu quis fazer uma parada que lembrasse mesmo os bailes que eu colava quando era mais novo. Eu fiz para a galera dançar e tocar na balada! Eu acho que a dança também cumpre esse papel social de unir a galera da periferia, da favela”, comenta FBC.
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