iFood e Zé Delivery são notificados pelo Procon por valor mínimo em pedidos

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Para Procon Carioca, valor mínimo em pedidos é prática abusiva; iFood e Zé Delivery têm cinco dias para responder questionamentos

Se depender do Procon Carioca, você poderá pedir uma única lata de cerveja no Zé Delivery e uma única coxinha no iFood. O órgão de defesa do consumidor notificou as duas empresas por adotarem políticas de valor mínimo nos pedidos. Elas precisarão prestar esclarecimentos.

O entendimento do órgão é que pode haver uma prática abusiva, segundo Igor Costa, diretor executivo. Em comunicado, o Procon Carioca argumenta que essa “condição imposta pela fornecedora obriga os clientes, em alguns casos, a comprar produtos que eles não querem, apenas para que consigam concluir a compra do produto inicialmente desejado”.

As perguntas feitas a iFood e Zé Delivery
As notificações às duas empresas foram enviadas na terça-feira (10) e cobram explicações em cinco dias.

O iFood precisará responder quantos restaurantes adotam essa prática e qual a porcentagem deles em relação ao total da plataforma; como o cliente é informado do valor mínimo; qual a justificativa e qual a política adotada para definir esse número.

Já o Zé Delivery tem algumas questões a menos. Ele precisará dizer quantos estabelecimentos impõe essa condição, como os consumidores são informados e qual a justificativa para haver essa prática.

O Zé Delivery entrou em contato com o Tecnoblog e enviou o seguinte posicionamento:

“O limite quantitativo de pedidos é uma maneira de garantir que nossos parceiros, como pontos de venda e pessoas entregadoras, que possuem custos operacionais e logísticos relevantes, tenham equilíbrio econômico e consigam operar de maneira sustentável. Além disso, o pedido mínimo garante que seja possível levar aos nossos consumidores a comodidade de entrega em domicílio de bebidas geladas e a preço de mercado.”

iFood cobra taxa extra
Em novembro de 2021, o iFood adotou a cobrança de uma taxa de serviço de R$ 0,99 em pedidos abaixo de R$ 20.

A empresa diz ter adotado a cobrança por ser uma “prática do mercado para demanda de itens com valores mais baixos”.

Caixa é processada por valor mínimo em loteria
Não é só o mercado de delivery que está na mira do Poder Público por adotar valores mínimos em pedido.

Em fevereiro de 2021, a Caixa foi processada pelo Ministério Público Federal por adotar valor mínimo no site Loterias Online. O órgão considerava que a exigência de compras acima de R$ 30 prejudicava a isonomia e estimulava aglomerações nas casas lotéricas.