 
        O comentador Miguel Prata Roque abandonou o estúdio da SIC Notícias em direto, na quarta-feira, após a discussão subir de tom com outro dos presentes no painel, o deputado do Chega Rodrigo Taxa.
O momento acabou por ser amplamente partilhado nas redes sociais, com muitos utilizadores a comentarem a situação, nomeadamente, outro dos comentadores presentes – que não teve tempo de intervir.
Em causa está Duarte Pacheco, antigo deputado do Partido Social Democrata. No Facebook, mostrou o momento que está a ser partilhado, comentando: “Hoje na SIC Notícias tive uma experiência nova… uma troca de argumentos pouco civilizada entre Miguel Prata Roque e Rodrigo Taxa levou à interrupção do debate. Preferi o silêncio!!!
Já Pedro Frazão, um dos vice-presidentes do Chega, saiu em defesa de Rodrigo Taxa, publicando também o momento no Facebook, e escrevendo: “O Prata Roque hoje foi a chorar para o carro, não aguentou o embate com o Taxa! Primeiro, falou e ofendeu o que quis sem ser interrompido, mas depois foi taxado e entrou em modo de fuga ‘virgem ofendida’ teatral! Não aguentou o embate! PATÉTICO!
Do “Salazar da Temu” ao apelo ao MP: O que levou à exaltação?
Miguel Prata Roque foi o primeiro a falar, tendo começado por defender que os “factos demonstram” que o Governo tem vindo a aproximar-se do Chega, quando questionado sobre o assunto (e sobre a abstenção do Partido Socialista na votação do Orçamento).
Numa intervenção que não contou com interrupções, o antigo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do primeiro governo de António Costa falou sobre a imigração e os cartazes do Chega em que se lê que “Isto não é o Bangladesh”, ‘outdoors’ estes que estão no centro de outra polémica.
O professor de Direito Constitucional falou também acerca da entrevista na qual o líder do Chega, e candidato à Presidência da República, André Ventura defendeu: “Não era preciso um Salazar, eram precisos três para pôr o país na ordem”.
“Um dos traços do fascismo é o apelo à violência. O apelo à violência como ação política. E por outro lado é a exaltação de figuras associadas ao fascismo. O que não será deste Salazar da Temu que veio dizer que eram precisos três Salazares”, explicou Prata Roque.
Foi quando Taxa começou a falar que a subida de tom começou, tendo o deputado do Chega dito que por Miguel Prata Roque ser “um homem do Direito” como ele que tinha “a noção” de que aquilo que estava a dizer não fazia “qualquer sentido”.
Prata Roque referiu que precisava de fazer uma defesa da honra e que o que tinha defendido na sua intervenção resultava do “Direito Constitucional e da jurisprudência do tribunal”. “Não pode estar em público a atacar o meu bom nome profissional!”, atirou ainda.
Rodrigo Taxa, queixando-se da interrupção, considerou ainda que “a conversa do Salazar era ridícula, porque toda a gente percebeu a utilização da frase para ilustrar”. E quando Prata Roque pediu explicações sobre essas declarações, Taxa respondeu: “Oh, homem, cale-se. Explico se me deixar falar. Não me deixa falar. Não consigo. Tem de me deixar acabar”.
 
         
         
         
         
         
        